sexta-feira, 5 de junho de 2009

Greve dos Professores da Rede Estadual- Pará ( VII Parte )

Desde a última quinta feira ( 4 de Junho) foi veiculado nas emissoras de televisão de todo o estado que o juiz Marco Antônio Castelo Branco expediu uma liminar considerando a greve abusiva, logo em seguida, informes foram veiculados em forma de comerciais ordenando o retorno imediato dos professores as escolas nesta sexta feira (05), mas reportagens realizadas hoje mostraram mais uma vez salas vazias e alunos reclamando do tempo de duração da greve, além da falta de atitude do governo do estado em apressar as negociações e atender as revindicações dos grevistas, e a assessoria jurídica do Sintepp também entrou com uma ação jurídica para reformar a decisão tomada pelo juiz. Já que ameaçaram descontar os dias parados dos salários dos grevistas.

Agora fique com o artigo que foi publicado no site do Sintepp.



A GREVE CONTINUA, ANA JÚLIA A CULPA É SUA


Os servidores estaduais da educação em greve há 28 dias, desocuparam na tarde de hoje (04) o prédio da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), de forma pacífica e em cumprimento a liminar expedida pelo juiz Marco Antônio Castelo Branco, da 2ª Vara de Fazenda da Capital do Tribunal de Justiça do Estado (TJE), que decidiu favoravelmente à ação movida pelo Governo do Estado. Além de solicitar a desocupação do prédio, o juiz também determinou a abusividade da greve e multa diária de R$ 50.000,00 caso os mesmos continuassem ocupando o local.
Durante a manhã, a secretária estadual de educação, Iracy Gallo, se recusou a receber uma comissão do Sintepp, para negociar as reivindicações da categoria, que são 30% de reajuste salarial, R$ 300,00 de auxílio-alimentação, mais o reajuste do abono Fundeb para o magistério no valor de R$ 200,00. “Estamos desocupando o prédio conforme determinação da justiça, mas não nos sentimos derrotados com isso, muito menos com a recusa do governo em negociar as nossas reivindicações. Também não recuaremos diante desta decisão e a greve irá continuar”, assegura Eloy Borges, coordenador geral do Sintepp.
Após a comunicação da decisão do juiz por parte do oficial de justiça e da desocupação da secretaria, os trabalhadores e trabalhadoras da educação realizaram um ato em frente ao local e seguiram em passeata até a Praça da Leitura, em São Bras. Uma assembléia geral foi realizada pelo comando da greve, ocasião em que a categoria reafirmou a continuidade da paralisação na rede pública de ensino do Estado e aprovou ainda uma nova agenda de atividades da greve, que inclui a ida mais uma vez a Seduc, para forçar nova rodada de negociação com o governo e garantir um reajuste digno para os servidores. A ida na Seduc ficou marcada para a próxima segunda-feira, dia 08 de junho, às 09 horas e, depois da audiência, acontecerá uma assembléia geral em frente à secretaria.
Mateus Ferreira, coordenador do sindicato, acrescenta que os trabalhadores e as trabalhadoras estarão durante toda a sexta-feira (05) nas escolas, com o objetivo de mobilizar a categoria para a audiência e assembléia geral na Seduc. “A ameaça de descontar os dias parados nos nossos salários só fez com que o movimento se fortalecesse. E esta justiça burguesa não irá nos calar, pois sabemos que é sempre célere para julgar decisões contra a classe trabalhadora”, declara.

Agravo

A assessoria jurídica do Sintepp irá entrar amanhã (05) com um agravo de instrumento junto ao TJE para reformar a decisão do juiz Marco Antônio Castelo Branco, principalmente, no que diz respeito à decisão de que a greve é abusiva. O sindicato pretende também ajuizar uma ação contra o Governo do Estado que não vem realizando o repasse sindical dos filiados, que é descontado no contracheque dos servidores.

P.S: Este artigo foi publicado no dia 04.06.2009

Abraço e até a próxima!!


Nenhum comentário:

Postar um comentário